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Artigos › 29/02/2016

35 anos de história

A nossa diocese completará no dia 1º de maio deste ano, trinta e cinco anos de existência. Ela foi criada pelo Papa São João Paulo II, em 1981, sendo formada por um território que pertencia à diocese de Taubaté e outro pela diocese de Mogi das Cruzes. Nestes trinta e cinco anos, a nossa diocese cresceu de modo maravilhoso, dinamizando o seu trabalho evangelizador e multiplicando o número de suas paróquias. Inclusive nesta sexta-feira, 26 de fevereiro, o nosso bispo instalou mais uma paróquia na diocese: a paróquia São José, esposo de Maria, localizada no bairro Campos de São José, zona leste de nossa cidade. O seu primeiro pároco é o Pe. Vitor Mendes Santos.

A diocese tem uma importância capital na estrutura viva da Igreja, surgida há mais de 2 mil anos.  Ela encontrou a sua identidade na eclesiologia católica, mediante o crescimento da ação evangelizadora dos primeiros séculos que situou a Igreja não só nas cidades, mas também num raio geográfico mais amplo, exigindo um pastoreio mais abrangente daqueles que eram reconhecidos como sucessores dos Apóstolos.

A diocese é célula da Igreja universal, presidida pelo Papa como sucessor de Pedro e nela exerce o pastoreio, o bispo diocesano, sucessor dos Apóstolos.

Dotado da plenitude sacramental e como continuador da missão de Cristo, confiada aos Apóstolos, ele é o primeiro responsável para que as riquezas do Reino de Deus cheguem ao seu povo, capacitando-o a viver a vida cristã. Trata-se de uma missão desafiadora, principalmente se considerarmos a amplitude das dioceses e os desafios que se apresentam à evangelização nos dias de hoje.

A diocese na sua riqueza de significado teológico não pode ser compreendida como uma mera parte de uma unidade maior, como acontece com os Estados, que somados formam uma Nação. Na diocese se torna visível o ser da Igreja, por isso ela não é uma mera parte da Igreja e sim a sua própria concretização situada na qual se celebra a Eucaristia como o acontecimento fundante do Cristianismo. Neste sentido, por ela ser evento, presença e sinal da Igreja universal e por ter o bispo como o seu pastor, pode-se aplicar a ela a mesma expressão que o Concílio Vaticano II aplicou à Igreja como um todo, ou seja, sacramento da salvação (conferir: Lumen Gentiun 1; 48).

A concretude histórica e geográfica é essencial para a diocese, mas ela não é determinada por sua mera topografia, mas por critérios de ordem essencialmente teológicos. Na base da sua identidade está o mistério da fé vivido por uma porção do Povo de Deus, com vocações e estados de vida diferentes.

Isto exige da diocese uma profunda abertura a vivência da comunhão com as outras dioceses, principalmente com a de Roma. O fechamento da diocese em si mesma significaria para ela um esvaziamento da sua condição de Igreja Católica. Mas esta comunhão com a Igreja universal ou seja, com a totalidade da Igreja, presidida pelo Papa como sucessor de Pedro, não faz ela perder a sua autonomia pelo contrário, é nesta vivência da comunhão que ela se enriquece na sua eclesialidade.

Por outro lado, é necessário que a diocese viva uma profunda relação com o seu mundo concreto. É da sua realidade concreta que emerge a voz de Deus, apelando à sua disposição em atender, com a força do Evangelho, os anseios mais profundos do ser humano. A localização da diocese num lugar e numa história, assim como as peculiaridades das pessoas que a constituem, faz com que ela possua o seu carisma próprio que deve ser vivido em comunhão com as outras dioceses.

Todos esses traços da diocese não permitem entendê-la como uma realidade estática; pelo contrário, trata-se de um organismo vivo, cheio de vitalidade que reflete em si a presença do Ressuscitado e do seu Espírito, impelindo-a continuamente ao discipulado e à missão.

Padre Djalma Lopes Siqueira
Vigário Geral da Diocese de São José dos Campos

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