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Artigos › 02/07/2014

Comunidade de comunidades: uma nova paróquia – Proposições Pastorais

Conforme anunciado no mês passado, no Jornal Expressão, iniciamos a reflexão sobre o 6º  capítulo do Documento 100 da CNBB (Comunidade de comunidades: uma nova paróquia – A conversão pastoral da paróquia).

O capítulo se inicia afirmando que é preciso superar a tentação de uma postura pastoral que pretende contar apenas com os esforços humanos para evangelizar. Para isso deve-se recuperar a consciência de que o primeiro lugar é de Deus, através do Espírito Santo, que chega sempre antes e vai trabalhando os corações, pois é daí que partirá toda renovação que se faz necessária.

Para ajudar a Paróquia a ser, de fato, comunidade, ela poderá ser setorizada em grupos menores, descentralizando o atendimento, favorecendo o aumento de líderes e ministros leigos para irem ao encontro dos afastados e propiciando a manutenção de vínculos humanos e sociais entre todos.

A setorização, entretanto, não se faz apenas com a demarcação de território, mas também com a busca de quem vai pastorear, animar e coordenar as “pequenas comunidades”. Além disso, será necessário um novo planejamento da paróquia como rede, evitando a concentração das atividades na matriz.

As “pequenas comunidades” são assim chamadas por serem formadas por poucas pessoas para que se conheçam, partilhem a vida e cuidem-se mutuamente. Mesmo as capelas e comunidades caracterizadas por bairros ou vilas podem ser subdivididas em “pequenas comunidades”.

Para se dar início à formação de “pequenas comunidades” pode-se contar com as pessoas que já atuam em pastorais e movimentos, levando-as a uma experiência mais comunitária de discipulado. Depois, deve-se atrair as pessoas que apenas participam da missa e finalmente chegar a um processo missionário de busca e acolhimento dos afastados.

Também se pode organizar as pequenas comunidades por grupos de afeto ou interesse (jovens, universitários, idosos, casais etc). Isso pode acontecer de maneira especial na cidade, onde vizinhança geográfica não significa, necessariamente, partilha de vida.

A frequência dos encontros das pequenas comunidades pode ser semanal, quinzenal ou mensal, dependendo da situação das pessoas. O importante é garantir encontros regulares e comunicação entre os membros para criar laços profundos de amizade e fraternidade.

O fundamento da comunidade está na Palavra de Deus e na Eucaristia. Na comunidade poderão surgir vocações para serviços e ministérios, poderão ser desenvolvidos espaços para celebrar momentos especiais da vida de seus membros e oportunidades de apoio nas alegrias e dificuldades.

Para ajudar na caminhada das pequenas comunidades a Diocese ou a própria paróquia poderá criar materiais com conteúdos para reflexão, oração e partilha.

O importante é descobrir que para enfrentar os desafios que existem de fato, há também caminhos que levam aos objetivos propostos pelo Evangelho e sempre recordados como válidos e necessários pela Igreja. Com a coragem de empreender tais caminhos será possível atingir as metas desejadas.

Pe. Edinei Evaldo Batista
Coordenador Diocesano de Pastoral

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