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Notícias da Diocese › 08/11/2017

Entrevista: Fases do processo de canonização

Como uma pessoa chega à honra dos altares e pode ser invocada como santo ou santa da Igreja católica?

Com os três últimos papas a Igreja viu um grande número de homens e mulheres serem canonizados. São João Paulo II foi um dos papas que mais assinou decretos de canonização. O Santo Súbito presidiu 147 cerimônias de beatificação, onde proclamou 1.338 beatos e 51 canonizações, com um total de 482 santos.

Mas quais são as fases de um processo de canonização, e como a Igreja entende a proclamação da santidade de homens e mulheres?

O Catecismo da Igreja Católica, no número 828, diz:

“Ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solenemente que esses fiéis praticaram heroicamente as virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está em si e sustenta a esperança dos fiéis, propondo-os como modelos e intercessores.”

Sobre esse assunto, o programa Bem-vindo Romeiro, da TV Aparecida, recebeu oPadre  Rogério Augusto das Neves, Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Soledade, em São José dos Campos e da Pastoral Judiciária da Diocese de São José dos Campos (SP). Veja a entrevista a seguir:

De forma breve para alguém chegar à honra dos altares é preciso:

1. Início do primeiro processo que examina as virtudes ou o martírio. 

É uma fase demorada onde o postulador (responsável pela causa) investiga a vida do candidato para verificar como vivenciou as virtudes cristãs. Quando se trata de um mártir, são estudadas as realidades que levaram à morte e a comprovação do um martírio, isto é, que morreu pela fé. O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 2473 explica: “O martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé; designa um testemunho que vai até a morte”. Com a finalização dessa primeira parte, o candidato é chamado de venerável.

2. Depois tem início um segundo processo, que chama-se processo de beatificação.

Nesse processo é analisado um milagre para tornar o candidato um beato. Se for caso de martírio, o candidato passa direto para a seguinte fase, e dele é exigido apenas o milagre para ser canonizado.

3. A fase final é o processo da canonização.

É analisado um segundo milagre, dessa vez ocorrido após a beatificação. Com a comprovação desse milagre, pelos peritos da Santa Sé, o Papa assina um decreto que autoriza a canonização do beato e ele pode ser invocado pelos fiéis.

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