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Assembleia das Igrejas reflete o protagonismo dos cristãos leigos e leigas na vida da Igreja e da sociedade

CNBB Sul 1

A assembleia recebeu nos três dias mais de 260 participantes, entre Bispos, padres, leigos e leigas que atuam nas dioceses do estado de São Paulo

“Para que todos possam voltar para as dioceses com o espírito missionário renovado ou despertado”. Com essas palavras, o presidente do Regional Sul 1 da CNBB e arcebispo metropolitano de Campinas, dom Airton José dos Santos, encerrou a sessão de encerramento dos trabalhos da 39ª. Assembleia.

Após três dias de muitas discussões acerca do tema “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade: Sal da terra e luz do mundo”,  aconteceu no auditório Rainha dos Apóstolos do Centro de Espiritualidade Inaciana, em Itaici, Indaiatuba, SP, entre os dias 20 a 22 de outubro a 39ª. Assembleia das Igrejas Particulares do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende as dioceses do estado de São Paulo.

As principais conferências foram as “Formação dos cristãos leigos e leigas para a participação na vida social e política como um processo de iniciação a Vida Cristã” e “O Processo de Iniciação à Vida Cristã para formar cristãos leigos e leigas para a participação à vida social e política” e “Ano do Laicato”.

O assessor do Setor Leigo da Comissão da CNBB, Laudelino Augusto dos Santos Azevedo, abriu a conferência de abertura de assembleia.

O assessor destacou que o processo de formação é essencial para a vida dos leigos e leigos, pois ninguém está pronto, de modo que se sintam sujeitos eclesiais. Ressaltou que os documentos 105 e 107 estão iluminados pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e do documento 100.

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Laudelino teve como base para desenvolver sua reflexão o capítulo III do documento 105, com os seguintes itens: 1. A Igreja, comunidade missionária; 2. Uma espiritualidade encarnada; 3. A presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; 4. A formação do laicato; 5. A ação transformadora do cristão leigo no mundo; 6. A ação dos cristãos leigos e leigas nos areópagos modernos. 7. Indicativos e encaminhamentos de ações pastorais; 8. Compromissos.

Já no segundo dia o bispo auxiliar de São Paulo, dom José Roberto Palau, abriu os trabalhos fazendo uma reflexão sobre a Iniciação à Vida Cristã, a partir do texto do encontro de Jesus e a Samaritana.

A palestra foi dividida em quatro partes principais: Introdução,  Caminho feito (VER); Caminho Revisto (julgar); Caminho Proposto (Agir).

O bispo terminou a palestra falando sobre a importância da Igreja para o processo de iniciação cristã. Educar para a vida em comunidade.

Por fim, Dom José Roberto discorreu sobre a formação do leigo. Portanto, para ele,  é preciso ter um projeto de formação para o laicato que contemple vários estágios e graus do conhecimento teológico e pastoral, com sólido acento na Doutrina Social da Igreja. Uma formação que forme e capacite para a missão de anúncio do Reino, diálogo com o mundo, inculturação devida na realidade histórica, inserção com identidade cristã na sociedade, encarnação na vida do povo, uma clara compreensão da dimensão e atuação da evangélica opção preferencial pelos pobres. Enfim, uma constante atualização da teologia da Encarnação e da Redenção na missão: serviço ao ser humano, serviço à cultura, serviço à política, serviço à natureza.

A Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial esteve em pauta com o lançamento de vídeos, folders, banners das Ações missionária na Amazônia e na diocese de Pemba (Moçambique, África). A iniciativa é sensibilizar e despertar a consciência missionária na Igreja do estado de São Paulo.

O bispo de Guarulhos (SP), dom Edmilson Amador Caetano, presidente da Comissão Episcopal para o Laicato, Vida e Família do Regional Sul 1 da CNBB proferiu a conferencia sobre o Ano do Laicato.

O Ano do Laicato será, no período de 26 de novembro de 2017, Solenidade de Cristo Rei, à 25 de novembro de 2018. Terá como eixo central a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas como “ramos, sal, luz e fermento” na Igreja e na sociedade e terá como objetivo geral: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.

Os objetivos específicos são: Comemorar os 30 anos do Sínodo Ordinário sobre os leigos (1987) e os 30 anos da publicação da Exortação Apostólica Christifideles Laici, de São João Paulo II, sobre a Vocação e Missão dos Leigos na Igreja e no mundo (1988); Dinamizar o estudo e a prática do documento 105, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade”, e demais documentos do Magistério, em especial do Papa Francisco, sobre o Laicato; Estimular a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas, “verdadeiros sujeitos eclesiais”(Dap, n. 497a), como  “sal, luz e fermento” na Igreja e na Sociedade. Eixos de Ação: 1. Eventos; 2. Comunicação, catequese e celebração. 3. Seminários temáticos nos Regionais; 4. Publicações; 5. “Legado” – o que fica como legado após o Ano do Laicato (bandeira de compromisso e ação).

A assembleia teve fim com os encaminhamentos sobre o Ano do Laicato 2017.

Nesse sentido, os participantes se dividiram em grupo para levantarem dois indicativos, ações por sub-regiões pastorais para bem vivenciar esta data. Os encaminhamentos serão apreciados pelos bispos da Comissão Representativa  e em breve divulgados.

Durante sua participação na assembleia, a coordenadora do Conselho Nacional do Laicato do Brasil do Regional Sul 1, Fátima Aparecida Ferra, conclamou: “ano do Laicato, é o ano de todos os leigos com vários carismas. O conselho dos leigos como organismo articulador dos leigos deve ser espaço de formação para vida nos areópagos do mundo, da economia, política, conselhos paritários, etc. Pede-se as dioceses para se organizarem em Conselhos para fazer comunhão como toda Igreja”.

Neste contexto, a leiga Aparecida Peruche , da Região Santana acredita no papel da Igreja na formação dos leigos, “vejo o quanto é importante a participação da Igreja na formação e acompanhamento de um leigo que vai estar atuando nos espaços públicos, como conselhos tutelares, conselhos de saúde, moradia e outros. Não basta só formar, mas se faz necessário o acompanhamento, pois um conselheiro trabalha na ponta, sendo assim, trabalha com as mazelas da sociedade, então é de máxima importância a Igreja na vida deste leigo, completou.

O encerramento do evento contou com a palavra do Arcebispo Metropolitano de Campinas e Presidente do Regional Sul 1 da CNBB, dom Airton José dos Santos, incentivando a todos que possam voltar para as dioceses com o espírito missionário renovado ou despertado.

Ainda na celebração de encerramento por ocasião do Dia Mundial das Missões, foi realizada uma coleta em prol da Ação missionária na diocese de Pemba (Moçambique, África). O dinheiro arrecadado será revertido para o Fundo Missionário do Regional Sul 1.

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