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Notícias da Diocese › 23/12/2015

Toneladas de lixo transformadas em dignidade e trabalho

Cooperativa São Vicente completa 15 anos

Transformar lixo em dignidade e sustento. Essa é a principal atividade desenvolvida na Cooperativa São Vicente, na zona leste de São José dos Campos. Criada há 15 anos, após a Campanha da Fraternidade, que tinha como tema “Sem trabalho, por quê?”, a cooperativa foi idealizada para dar oportunidade para a geração de renda de famílias pobres da região. Antes, os catadores de material reciclável eram autônomos, mas vítimas de atravessadores. Faziam o trabalho pesado do recolhimento, andando quilômetros por dia, e recebiam um valor muito abaixo do que o pago pelos processadores do material. Com a cooperativa, o lixo é enviado pelas indústrias ou recolhido pelo caminhão da própria cooperativa e pela parceria com a ONG Catavale. Aos cooperados fica o trabalho da separação, compactação e empacotamento dos fardos, que são encaminhados para a indústria recicladora.

Entretanto, a conscientização sobre a preservação ambiental também foi a grande motivação para o surgimento do trabalho, explica padre Celio Antônio de Almeida, um dos fundadores da cooperativa, atual vice-presidente. São mais de 10 mil toneladas por mês de copinhos plásticos, papelão, papéis, embalagens diversas, metais, vidro e alumínio que chegam ao galpão da cooperativa. 25 pessoas são responsáveis pelo trabalho, que retira do meio ambiente uma grande quantidade de lixo que pode ser reciclado.

O senhor José Eli da Silva foi eleito presidente da Cooperativa na última Assembleia, realizada em novembro. Ele chegou ao local e tornou-se cooperado em 2010. Um problema cardíaco sério tirou Eli do mercado de trabalho. Por conta do problema de saúde não conseguia recolocação como metalúrgico. Sua situação o levou também à depressão. Sem encontrar oportunidades, foi convidado para conhecer a Cooperativa. Lá encontrou trabalho, que garante o sustento de sua família, dignidade e reconhecimento. “A cooperativa é uma ação concreta da caridade. Alia fé e obra. A Igreja não pede doações somente, mas também ensina e realiza,” comenta padre Célio.

Coleta de óleo usado
Há 5 anos, a Cooperativa São Vicente iniciou o Projeto de coleta de óleo de cozinha usado. Uma usina de processamento do óleo foi montada doada pela Construtora Camargo Correa. Interessados no projeto de vários lugares do Brasil e do exterior, vindos da Alemanha e da China já visitaram a Cooperativa. A capacidade máxima é de 20 mil litros por mês, mas aproximadamente 10 mil litros mensal são recolhidos. O projeto ainda não conseguiu atingir a meta por conta da necessidade de conhecimento especializado para operar a usina, mas principalmente por ainda não atingir o volume ideal de óleo recolhido. Destinado para a fabricação de biodiesel, o óleo usado é um produto que é 100% reciclável e muito rentável, sendo vendido a R$ 1,30 o litro.

O desafio atual é aumentar o volume de óleo coletado. Para isso, a primeira iniciativa foi implantar uma parceria com os vicentinos. Algumas conferências já fazem a coleta do óleo conjugada com a campanha do quilo. “Queremos ampliar a coleta e abrir mais locais de arrecadação em nossas paróquias, o primeiro passo é a parceria com a Comissão Diocesana Socioambiental, que nos dará suporte neste trabalho”, afirma padre Célio.

Mais de 400 pessoas já foram beneficiadas pela Cooperativa.

1 Comentário para “Toneladas de lixo transformadas em dignidade e trabalho”

  1. Leandro Francisco Gimenez disse:

    bonito trabalho que leva dignidade a todas as pessoas envolvidas. Que Deus abençoe a todosos que trabalham nesta cooperativa

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